Ontem acordei diferente. Pela janela, os mesmos pássaros cantando. Pelas ruas, os mesmos sorrisos, aflições, ambições. O egoísmo humano não mudara, apenas a estação.
As flores que guardava, morreram. Os bombons recebidos, estragaram. Os cartões, os beijos, os abraços, o sexo, tornaram-se passado. Os olhos não mais molhados de tristeza. O coração não mais transbordado de amagura e incertezas. Uma nova estação, um novo eu.
Confesso, o coração um tanto quanto endurecido, petrificado, mas ainda pulsante. Um novo eu, ainda errante, mas confiante e esperançoso. Um novo eu mais "eu" que nunca. Uma nova estação, um novo eu, um novo rumo, um novo destino.
Um novo amor, o próprio...